MELTING MOMENTS
Oia eu aqui de vorta!! A festa passou, a lembrancinha foi um sucesso e sosseguei de novo. Quer dizer, ando na romaria das minhas toalinhas de ponto cruz né, porém tive que largar um pouco por causa das lembranças. Mas hoje a noite pego no breu de novo. Ah, deixa eu contar uma novas pra vocês. Graças a Deus eu e o maridão conseguimos comprar nosso primeiro carro. EEEEEEE!!! Tá certo que a Ferrari (vulgo Tempra 97) tá veinha de idade, mas digo que ainda bate um bolão, é tá zero bala, e o mais importante. Tá paga. E acho que é isso que importa, as conquistas vão chegando aos poucos e assim que vamos criando nossa vida. Agora não dependemos mais dos outros, podemos sair a hora que queremos, pra onde queremos. Ai, que delícia viu!! E hoje a prole toda está aqui em casa, a filharada toda. Tive que gastar 20 conto na chup's (uma sorveteria M A R A V I L H O S A aqui perto de casa)pra crinaçada amanssar!! Que barato viu!! Agora consegui fazer as crioncinhas sossegarem e vim atualizar minha casinha aqui.
Para voltar as antigas, esses dias estava lendo sobre a Catarina de Medici, considerada uma Antiga Dama da Gastronomia e achei muito interessante a história dela. Vocês sabiam que o sorvete era considerado tesouro real e sua receita foi guardada durante 1 século num cofre no Louvre??? Pois é, pra quem gosta de verdade de gastronomia vai adorar ler um pouquinho sobre a história dessa moçíla arretada.
CATARINA DE MEDICI
A influência de Catarina de Medici na gastronomia foi marcante. Com elegância, a rainha gourmet conseguiu desenvolver e enriquecer a cozinha francesa.
Corria o século XVI. Toda a Europa se iluminava com o florescimento artístico e científico do renascimento. Nas artes destacavam-se vários mestres como Leonardo da Vinci e Michelangelo. Na culinária, os cozinheiros de banquetes tentavam colocar em prática os respeitados ideais da Renascença de ordem, harmonia e proporção. Nessa época, nascia em Florença, na Itália, Catarina de Médici (1591-1589), filha de Lourenço de Médici, famoso duque de Uribino. A família Médici foi uma das mais poderosas da Itália. Durante três séculos sua história de confundiu com a própria Toscana, célebre região dos vinhos italianos. Os pais de Catarina de Médici morreram pouco depois de seu nascimento. Durante sua infância, uma rebelião derrubou o governo de Florença que estava nas mãos da família Médici. Catarina foi mantida em vários conventos da região e recebeu uma educação que a transformou em uma das mulheres mais cultas de seu tempo. E foi principalmente nesses locais que ela adquiriu o conhecimento da arte culinária que levou consigo para a França.
Casou-se muito jovem, aos 14 anos, com um príncipe francês, o futuro rei da França, Henrique II. Mãe de dez filhos, tido como megera e discípula das teorias de Maquiavel, Catarina tinha características que a colocavam em posição de mulher forte no poder, tanto que, em 1560, tornou-se regente da França. Em 1533, quando subiu a bordo do navio que a conduziria ao casamento com Henrique II, levava consigo mais de um baú, contendo objetos como perfumes, roupas, jóias e livros de receita. Em sua comitiva principesca, encontravam-se igualmente aprendizes de cozinha, copeiros, padeiros, patisseiros e cozinheiros italianos. Logo, muitas receitas foram integradas ao repertório culinário da França.
A italiana foi uma das primeiras mulheres a participar de jantares públicos no Palácio do Louvre, em Paris. O livro Italianos a Mesa, de Paulo Vizioli, conta que a “rainha ensinou usar o garfo para comer”. O acessório já era utilizado na Itália. No início, muitos nobres não usavam, pois achavam que era um requinte desnecessário. Porém, Catarina baixou um decreto que obrigava o uso do garfo.
Pesadas taças tiveram que dar espaço a copos elegantes de Veneza. Foram importadas louças de barro vidrado, a chamada faiança, de faenza italiana. Segundo Laurent Suaudeau, um dos mais renomados chefes de cozinha francesa do nosso país, Catarina de Medici teria trazido vários nobres que ensinaram os bons modos de comportamento a mesa. “A rainha também teria imposto que as mulheres deveriam se sentar a mesa junto aos homens” enfatiza.
Casou-se muito jovem, aos 14 anos, com um príncipe francês, o futuro rei da França, Henrique II. Mãe de dez filhos, tido como megera e discípula das teorias de Maquiavel, Catarina tinha características que a colocavam em posição de mulher forte no poder, tanto que, em 1560, tornou-se regente da França. Em 1533, quando subiu a bordo do navio que a conduziria ao casamento com Henrique II, levava consigo mais de um baú, contendo objetos como perfumes, roupas, jóias e livros de receita. Em sua comitiva principesca, encontravam-se igualmente aprendizes de cozinha, copeiros, padeiros, patisseiros e cozinheiros italianos. Logo, muitas receitas foram integradas ao repertório culinário da França.
A italiana foi uma das primeiras mulheres a participar de jantares públicos no Palácio do Louvre, em Paris. O livro Italianos a Mesa, de Paulo Vizioli, conta que a “rainha ensinou usar o garfo para comer”. O acessório já era utilizado na Itália. No início, muitos nobres não usavam, pois achavam que era um requinte desnecessário. Porém, Catarina baixou um decreto que obrigava o uso do garfo.
Pesadas taças tiveram que dar espaço a copos elegantes de Veneza. Foram importadas louças de barro vidrado, a chamada faiança, de faenza italiana. Segundo Laurent Suaudeau, um dos mais renomados chefes de cozinha francesa do nosso país, Catarina de Medici teria trazido vários nobres que ensinaram os bons modos de comportamento a mesa. “A rainha também teria imposto que as mulheres deveriam se sentar a mesa junto aos homens” enfatiza.
A EVOLUÇÃO DA COZINHA FRANCESA
A França ainda conservava os rigores da Idade Média. Um produto exótico e caro valia mais que um ingrediente local. Os molhos eram deploráveis. Mas, a situação mudou. A rainha aboliu o péssimo hábito de servir simultaneamente alimentos picantes e salgados, doces e ácidos. Em vez disso, tomou a iniciativa de servir alimentos que de fato se adequavam. A obra Catarina de Medici, do francês Jean Orieux, diz que “os florentinos reformaram a antiga cozinha francesa de tradição medieval”. A paixão de Catarina pela gastronomia era tão significativa que, por muitas vezes, acabou sendo satirizada em jornais e gravuras. Na opinião de Maurício Marques Lopes, professor de habilidades e cozinha brasileira no Senac São Paulo, a culinária francesa ganhou novos ares graças às transformações decorrentes do casamento de Catarina. “Seus cozinheiros eram considerados os melhores do mundo. Sua equipe introduziu iguarias até então desconhecidas dos franceses, como queijo parmesão, trufas, massas, crepes, entre outras”, diz.
O ato de saborear um alimento tornou-se uma arte. Os banquetes transformaram-se num cerimonial de pratos sofisticados, de elegância e bom tom. O chef André Genesini salienta que Catarina apresentou pela primeira vez o uso de laranja e de romã na preparação de aves, dando origem ao pato com laranja e a novos métodos de confecção de molhos e sopas. “assim sendo, os cozinheiros franceses aperfeiçoaram o preparo de receitas elaboradas, que formariam mais tarde a base da alta gastronomia”, observa.
O bolo de casamento parece ter sido introduzido pela italiana. Em seu casamento comandado pela habilidade diplomática do Papa Clemente VII, havia um bolo de andares que primava pela magnificência. Com Catarina, a França conheceu o feijão, a carne de vitelo e o espinafre de Florença. Este último ela transformou em um prato da moda. Melhorou ainda os alimentos básicos como o azeite de oliva e achou a fórmula certa das cebolinhas calabresas e do orégano. Catarina ensinou a preparar várias especialidades como galinha-da índia com castanhas, fricasse, sopa de cebolas, carne estufada, ervilhas, omeletes, e um licor produzido segundo a receita de um mosteiro. Assim, os franceses aprenderam a degustar licor no final das refeições. As alcachofras foram recebidas na cozinha. Conta-se que a rainha adorava fundos de alcachofra com cristas de galo. O consumo da planta na França chegou a ser proibido para as mulheres, pois corria fama de que a iguaria era um poderoso afrodisíaco. Logo, associaram as aventuras extraconjugais da rainha aos efeitos da hortaliça.
Em, o Livro da Cozinha Clássica – As Histórias das Receitas mais Famosas da História de Sílvio Lancellotti há uma lenda sobre a origem da massa papardelle contada em Nice, Provença, onde a rainha ofereceu um banquete aos seus anfitriões. O prato básico levava um macarrão seco de sua terra em um molho de carne de coelho. Empolgada, uma pessoa comentou: - Papard!, que poderia ser um elogio um uma palavra do dialeto local. Catarina disse: - Papard? Nom! Papardelle!. Em italiano, o uso do diminutivo elle é, invariavelmente, afetivo, e Catarina arrastou as sílabas finais da palavra, impondo-lhe um sotaque afrancesado num grande sucesso.
Os franceses conheceram muitas sobremesas: geléias, pudim de ovos, compotas, frutas em calda e cristalizadas. A Grande Enciclopédia Ilustrada da Gastronomia, de Milão, diz que a florentina apresentou o sorvete à França. Essa delícia gelada começou a tomar forma em Florença, no início do século XVI, quando o arquiteto Bernard Buontalenti recebeu a tarefa de criar um prato para oferecer a uma delegação do governo espanhol. Genesini explica que ele ofereceu uma sobremesa misturando xaropes puríssimos de limão e laranja, gelo picado e cremes doces. “A fórmula secreta foi presenteada a Catarina em seu casamento e conservada por mais de um século em um cofre no Louvre, pois era tesouro real. A rainha ordenou que a sobremesa fosse servida em todos os dias de sua festa que durou um mês”, conta o chef.
Como já dizia Antoine Carême (1783 – 1833), o cozinheiro de czar Alexandre I da Rússia “os chefs franceses tiveram primeiro de aprender com os cozinheiros italianos de Catarina de Medici a arte da gastronomia”.
O ato de saborear um alimento tornou-se uma arte. Os banquetes transformaram-se num cerimonial de pratos sofisticados, de elegância e bom tom. O chef André Genesini salienta que Catarina apresentou pela primeira vez o uso de laranja e de romã na preparação de aves, dando origem ao pato com laranja e a novos métodos de confecção de molhos e sopas. “assim sendo, os cozinheiros franceses aperfeiçoaram o preparo de receitas elaboradas, que formariam mais tarde a base da alta gastronomia”, observa.
O bolo de casamento parece ter sido introduzido pela italiana. Em seu casamento comandado pela habilidade diplomática do Papa Clemente VII, havia um bolo de andares que primava pela magnificência. Com Catarina, a França conheceu o feijão, a carne de vitelo e o espinafre de Florença. Este último ela transformou em um prato da moda. Melhorou ainda os alimentos básicos como o azeite de oliva e achou a fórmula certa das cebolinhas calabresas e do orégano. Catarina ensinou a preparar várias especialidades como galinha-da índia com castanhas, fricasse, sopa de cebolas, carne estufada, ervilhas, omeletes, e um licor produzido segundo a receita de um mosteiro. Assim, os franceses aprenderam a degustar licor no final das refeições. As alcachofras foram recebidas na cozinha. Conta-se que a rainha adorava fundos de alcachofra com cristas de galo. O consumo da planta na França chegou a ser proibido para as mulheres, pois corria fama de que a iguaria era um poderoso afrodisíaco. Logo, associaram as aventuras extraconjugais da rainha aos efeitos da hortaliça.
Em, o Livro da Cozinha Clássica – As Histórias das Receitas mais Famosas da História de Sílvio Lancellotti há uma lenda sobre a origem da massa papardelle contada em Nice, Provença, onde a rainha ofereceu um banquete aos seus anfitriões. O prato básico levava um macarrão seco de sua terra em um molho de carne de coelho. Empolgada, uma pessoa comentou: - Papard!, que poderia ser um elogio um uma palavra do dialeto local. Catarina disse: - Papard? Nom! Papardelle!. Em italiano, o uso do diminutivo elle é, invariavelmente, afetivo, e Catarina arrastou as sílabas finais da palavra, impondo-lhe um sotaque afrancesado num grande sucesso.
Os franceses conheceram muitas sobremesas: geléias, pudim de ovos, compotas, frutas em calda e cristalizadas. A Grande Enciclopédia Ilustrada da Gastronomia, de Milão, diz que a florentina apresentou o sorvete à França. Essa delícia gelada começou a tomar forma em Florença, no início do século XVI, quando o arquiteto Bernard Buontalenti recebeu a tarefa de criar um prato para oferecer a uma delegação do governo espanhol. Genesini explica que ele ofereceu uma sobremesa misturando xaropes puríssimos de limão e laranja, gelo picado e cremes doces. “A fórmula secreta foi presenteada a Catarina em seu casamento e conservada por mais de um século em um cofre no Louvre, pois era tesouro real. A rainha ordenou que a sobremesa fosse servida em todos os dias de sua festa que durou um mês”, conta o chef.
Como já dizia Antoine Carême (1783 – 1833), o cozinheiro de czar Alexandre I da Rússia “os chefs franceses tiveram primeiro de aprender com os cozinheiros italianos de Catarina de Medici a arte da gastronomia”.
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Bacana né, eu adoro ler sobre essas pessoas que influenciaram muito do que conhecemos hoje. E pra receitinha do dia, vou postar a receita de um biscoitinho que é dos Deuses. Aprendi na minha aula de fornadas com o chef Joel Ruiz. Não resisti e fiz em casa. Vale a pena meninas, é fácil e fica muito saboroso. Espero que gostem!
Biscoito Aerado de Amêndoas com Cerejas Glaceadas
(Melting Moments)
Rende 16 unidades
Ingredientes: 40g de manteiga (temp. ambiente), 65g de gordura de porco, 75g de açúcar cristal, 1 ovo batido, gotas de essência de amêndoas, 150g de farinha de trigo, aveia em flocos para empanar, 4 a 5 cerejas glaceadas.
Faz Assim: Pré-aqueça o forno a 180°C. Bata com um fouet a manteiga, a gordura de porco e o açúcar, acrescentando os ovos e a essência de amêndoas. Acrescente a farinha apenas para agregar os ingredientes. Molde 16 bolinhas e envolva-as na aveia em flocos. Disponha as bolinahs numa assadeira deixando um espaço entre cada uma. Coloque 1/4 de uma cereja sobre cada bolinha, sem apertar. Asse por 15 minutos até ficar ligeiramente dourado. Deixe esfriar por alguns minutos e transfira para uma grade aramada, deixando esfriar totalmente. Sirva a seguir.
Os do Chef...
Os meus...Tinha que ter um frufru né...Rosa e com a Cereja inteira!
Ah, no post que vem posto minhas primeiras toalinhas, ok!!
11 comentários:
Carol que prendada que vc esta hein...depois mostra todos os bordados adoro olhar isso, é para quem tem o dom mesmo...e quanto aos biscoitos...temos que deixar nossa marca hahahah gostei viu...
bjs
Paula
Que bela aula em profa.???!!!Adoro História!!! Os biscoitos estão divinos e parabéns pela charanga nova!!!
Amiga, eu sei mais ou menos fazer ponto cruz. Na verdade acho lindo quem sabe dominar essa arte maravilhosa!
Parabéns pelo carro!!!
Carol, posso substituir a gordura de porco por manteiga?
Beijão
Oi, Carol,
Huumm, vim, vi, ri e aprendi (e ainda ri!). Por isso tô levando o seu link para a minha lista de blog, viu?
Beijinho e parabén pelas conquistas; é assim mesmo que a gente chega 'lá'!!
Ora cá está uma bela aula de história terminada com uns bolinhos que me parecem deliciosos!!!! Gostei de ler!
Querida Carol,
Que ótimo que deu tudo certo na festa e com as lembranças!!!!!
Quanto ao seu carro, fico feliz por você, essa é só a primeira conquista dentro de uma série que virá, pode ter certeza!!!!!!!
Bem interessante as informações sobre a cozinha francesa, e os seus biscoitinhos ficaram lindinhos e gostosinhos!!!!!!!
Amei!!!!!!!!!!!
Beijos!!!!!!!!
Parabéns pelo carro !!!
A verdade é que quem almeja e trabalha sempre alcança!!
Foi bom saber que a megera da Catarina tinha alguma coisa boa (eu me lembro de ter lido só coisas ruins dela!).
E que chique estes biscoitinhos! Dignos de uma rainha (boa, claro!)hehe
Beijos querida, ótima semana!
Caorlll
q delicia heim mulher...!!
mas me fale uma coisa..essa gordura de porco..acho normalmente na onde..?
E posso usar a essencia de baunilha ..??!!
bjusss
hj a noite entro no msn
bj
Muito interessante a história sobre Catarina de Medici. Realmente, não sabia! Seu blog é muito interessante, parabéns! Dá uma passadinha no meu: www.nossacozinhadani.blogspot.com. Estou te seguindo para aprender mais um pouquinho heheehe
que fofo!
Amei o biscoito! Vou levando comigo!!!Aliás gostei de muita coisa Carol,o Cerejinha é uma delícia. Só o tempo que é escasso e a minha conexão que anda cruel! Então tive que escolher apenas esse post para comentar.
O Chef Orlando Baumel outro dia tava me dizendo que o uso de banha na cozinha é uma tendência e eu agora vendo esse biscoito fiquei animada para postar algumas coisas que estava apenas ensaiando, com um pouco de receio. Entre eles a receita de um bolo tradicional da Espanha que é feito com banha e passas e a verdadeira receita do mantecal que é de origem espanhola e também apesar das demais versões a autêntica é com banha!
Aiaiaiaiaia!..esse biscoitinho muito "me gusta"!!!!!
bicota!
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