27/07/2009

CHALLAH SHALOM

Alav hashalom

A Estrela de David é símbolo gráfico da identidade nacional judaica e tornou-se mais difundida quando os praticantes de Cabala da Europa o introduziram ao final da Idade Média. Ficou mais difundida quando os cabalistas fizeram com ela o desenho central de amuletos e talismãs protetores. A Estrela de David foi adotado pelos sionistas como símbolo nacional judaico

Sou uma leitora assídua e incansável de literatura gastronomica. Deixei os romances e os Harry Potter's de lado (é caro leitor, sou fã do bruxinho!!) e mergulhei de cabeça nos livros sobre culinária e sua história ao longo dos anos e dos séculos. Leio tudo, receitas, biografias, histórias e tudo oque diz respeito a culinária mundial. Cada país tem suas particularidade e suas peculiaridades. A mistura de cores e sabores é magnífica e me encanta conhecer os costumes de cada povo, seus hábitos e atitutdes perante as refeições. A culinária judaica é uma dessas histórias que adoro ler e saber. Hoje, vou falar um pouquinho sobre essa cozinha tão rica e tão antiga e que tem muito a nos dizer.


A forma pela qual os povos preparam os alimentos contam um pouco da sua história. A maneira de cozinhar dos judeus narra a trajetória de um povo que mantém-se unido pelas suas tradições”.

O povo judeu ao longo dos anos, forçado a mudar constantemente de país, acabou criando e fortalecendo as suas raízes também através da sua culinária. A comida acabou sendo o símbolo da continuidade, o laço com o passado influenciado também pela cultura nos quais as comunidades judaicas se estabeleceram ao longo dos séculos.
De acordo com a tradição judaica, a comida ocupa lugar de destaque nas festividades e comemorações religiosas. Cada festividade tem pratos típicos correspondentes, com papel definido no ritual. Como a Matzá em Pessach, a Chalá no Shabat.A refeição que é associada a um ato religioso se reveste de espiritualidade e é conhecida como seudat mitzvá. Entre os atos de seudat mitzvá estão a refeição servida após a cerimônia de casamento, de brith milá e do pidion haben. Quando o estudo de um grande trecho do Talmud é concluído, realiza-se uma celebração e uma refeição festiva para os alunos.

O Candelabro dos sete braços (“Menorah” é o símbolo do Judaísmo. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição)


CULINÁRIA DAS FESTAS JUDAICAS

Nas festas religiosas a mesa tem um lugar fundamental.

Shabat
Os preparativos para o Shabat são basicamente referentes à comida. Entre os judeus marroquinos, o prato principal do Shabat é o hamin, também conhecido com o nome de adafina ou “coisa quente”. Este prato tem como ingredientes básicos ovos cozidos, grão de bico e carne, exala um aroma especial desde a véspera, quando é lentamente preparado, já que no Shabat não se cozinha. Os judeus ashkenazim tem um prato semelhante para o Shabat, o Tchulent, que é um cozido de feijão branco, galinha, carne de peito e outros ingredientes.


Yom Kippur


O Yom Kipur , dia do Jejum, determina a proibição de ingerir qualquer alimento ou bebida. Mas a comemoração começa e termina com uma refeição festiva. A que precede o jejum é uma refeição leve, geralmente a base de frango, sem temperos fortes como pimenta e canela e sem bebida alcóolica, que provocam sede. O jantar que o quebra é geralmente suculento. Come-se de tudo, salgados e doces. Antigamente a refeição era à base de carne, sopas e aves. Hoje a tendência entre algumas comunidades é preparar uma refeição predominantemente à base de leite, mais leve.


Sucot

Sucot – a Festa das Cabanas – começa cinco dias depois de Yom Kipur. Durante uma semana as refeições devem ser feitas dentro da cabana ou sucá. Servem-se pratos de salgados e doces durante sete dias seguidos.


Purim
Purim é uma das expressões mais autênticas do povo judeu. Aq leitura da Meguilá (o Pergaminho de Esther) é feita na véspera, após o término do jejum – chamado o Jejum de Esther – e também no dia seguinte, pela manhã. É costume beber muito vinho. Em Purim é costume dar e receber misloach manot – doces e outras guloseimas.


Pessach
A comemoração de Pessach dura oito dias e o preparo dos alimentos requer cuidados especiais, pois deve-se fazer abstenção de alimentos fermentados durante toda a festividade. A matzá, ou pão não fermentado é o alimento característico


CULINÁRIA SEFARADITA

Ao contrário dos pratos ashkenazitas, relativamente semelhantes entre várias comunidades, a cozinha sefaradita é extremamente variada e regional. Os judeus adotaram o tipo de comida dos países nos quais viviam, mantendo sempre um toque pessoal e um sabor singular que os diferenciava dos demais. A cozinha sefaradita difere de um país para outro e, às vezes, até de uma cidade para outra. Há, no entanto, uma certa unidade na preparação dos pratos encontrados em várias regiões do mundo sefaradita.
A comida é sempre aromática e colorida. Usa-se todo o tipo de condimentos e produtos que dão um gosto muito especial, como a famosa água de rosas. A boa mesa sempre fez parte da tradição dos judeus desta origem. Grande parte dos pratos provêm de Bagdá, entre os quais as carnes cozidas com frutas, o xarope de romã e tamarindo, as misturas agridoces. Os outros pratos, provêm da Espanha e alguns originaram-se em Portugal, núcleos marranos
Challah

O Challah é um pão judaico entrançado que é servido durante o Shabbath. No Shabbath os judeus comemoram o maná que caiu dos céus quando os Israelitas deambularam 40 anos pelo deserto. A tradição diz que o jantar de sexta-feira e as duas refeições seguintes, durante o Shabbath, devem começar com a benção sobre duas Challah (duas na sexta e duas no sábado).
A tradição também diz que o Challah não deve ser partido com faca, mas sim repartido manualmente pelos presentes.
Challah significa bocado de massa e o nome deste pão vem da tradição antiga, em que as mulheres judaicas, reservavam um pouco de massa (challah), sempre que faziam pão, para os religiosos do Templo (kohen).
Depois da destruição do Templo Sagrado em Jerusálem, as mulheres judaicas começaram a queimar um pequeno bocado de massa (challah), sempre que faziam pão, em memória da porção dos Kohen. Ao longo do tempo, o Challah passou a ser o nome do pão inteiro.

Fonte: http://menoscaloriasmaisvida.wordpress.com/2009/06/30/challah/


CULINÁRIA NO CEREJINHA

A Receita que vou apresentar hoje a vocês é do Challah, que vocês já conheceram melhor no texto acima. Vi a primeira vez no blog da Ameixinha, Canela Moída, e desde então estava ha tempos para prepara-lo. Semana passada coloquei a mão na massa. No começo, achei que não ia dar certo, mas graças a Deus, o pão ficou lindíssimo, cresceu pra caramba e ficou muito saboroso.


CHALLAH

Ingredientes: 1 copo de água, 2 gemas de ovos, 1 ovo, 4 colheres de sopa de manteiga, 3 colheres de sopa de açúcar, 1 + 1/4 colheres de chá de sal, 4 copos de farinha branca (pode ser necessária mais umas colheres de farinha para ligar melhor a massa, aconselho a irem vendo a massa amassar e ir juntando farinha se for preciso),1 colher de sopa de fermento liofilizado ou 20/25 gr de fermento de padeiro, 1 ovo para pincelar a massa, sementes de sésamo e sementes de papoila para decorar.

Faz Assim: A receita original da Ameixinha AQUI está descrita como fazer na máquina de pão, mas como eu não tenho, fiz a mão mesmo. Dissolvi o fermento no açúcar e acrescentei 2 colheres de sopa de água morna. Deixe descansando uns 10 minutos. Acrescente os demais ingredientes deixando a farinha por último. Vá acrescentando a farinha aos poucos até conseguir sovar sem que a massa grude na mão. Sove bem e deixa descançar por 2 horas. Modele a trança e deixa descançar por mais 1 hora. Pincele a superfície com gema e salpique as sementes de papoula. Asse em forno pré-aquecido à 200°C até dourar e estar bem assado dentro. Sirva

22 comentários:

Blog Dri Viaro disse...

Estou de volta, mas ainda correndo, vim dizer boa noite, e logo voltarei pra ler melhor

bjs


este é um recado fake por favor não me mate

Téia disse...

Carolzinha, quanta informação interessante. Este pão é mesmo lindo, e que cara de fofinho. Bj grande.

Unknown disse...

Realmente é uma cultura muito diferente da nossa. Também adoro ler livros de outros povos e saber mais sobre eles.

Esse pão ficou lindíssimo! Deve ser mesmo uma delícia! Parece até um brioche.


Muitos beijos

Docinhos e Miminhos da SweetSofia disse...

Obrigada por este bocadinho de cultura..gostei muito.
O pão ficou lindo..deve ser muito saboroso.
beijinhos

Natália Eleutério disse...

Gosto muito de conhecer culturas diferentes da minha, bjs.

ameixa seca disse...

Está mais que provado que à máquina ou à mão, fica excelente :)
Adoro challah!

Bruna Miranda disse...

Bom dia Carol!!
Nossa adorei todas essas informações do mundo judaico,mas o que é esse challah???copiei a receita e vou testá-lo,bjus e parabéns por tanta informação preciosa...

leonor de sousa bastos disse...

Olá Carol!

Apesar de já conhecer alguns desses nomes estranhos referentes às tradições judias, aprendi bastante com este seu post!
O challah saiu lindo do seu forno e com um aspecto que não dá vontade de repartir com ninguém...ehehe!

Um beijinho!

cucchiaiopieno.com.br disse...

Muito interessante esta cultura, o mundo é realmente maravilhoso! Um grande abraço
Léia

Marcia Gullo Tiberio disse...

Oi LInda passei pra dar um ola!!!

Bejus e inté;

Pitadasdilu disse...

Quanta informação legal que você divide com a gente.
Ficou lindo teu pão.
Bjos, Lú.

Anônimo disse...

Carol,
Adorei este teu post... a receita... as informações... fantástico.
Bjs

Sandreane disse...

Carol, amei as informações :)
E o pão ?!?!? Fiquei com uma vontade enorme de experimentar :)
Beijocas!

Delírios Gourmet disse...

Adorei! CErejinha também é cultura!!! Bjus!

*-...-* Ana Anita *-...-* disse...

Como é bom conhecermos outras culturas... achei muito interessante tudo e adorei a receita!

bjsssssssssssss

Anônimo disse...

Belo post, está de parabéns! Culinárias tradicionais são tão interessantes quanto as histórias por trás da receita!

Mari disse...

Voltei, C. Oliver. Peguei uma gripe daquelas....
Aqui, amei seu pão, menina.

Blog Dri Viaro disse...

Muito legal saber mais deste assunto amiga
bjssss

Iliane disse...

amiga..adorei saber muito atraves de você da cultura judaica.!!obrigado pelo show de informação!!!!..seu pão ficou lindo..eu fiz uma vez na maquina de pão..é uma delicia..a cor do seu ficou perfeita..bjus linda....

inspirações da Jô disse...

Carol,
É bem interessante saber dos costumes, e aqui além de nos depararmos com as delícias que você prepara, ainda aprendemos um pouco mais das histórias gastronômicas de outros povos!!!!Adoro esses posts com informações, cultura, comida e receitas!!!!E o seu pão certamente ficou delicioso!!!!!
Beijos!!!!!!!!!

Nereime disse...

Amei este post, muito legal mesmo, já participei de uma festa do purim e comi aquele doce da foto ...é bom demais...o recheio parece de tâmara ??Por isso o nome do meu blog ...a partir deste dia as pessoas recebem felicidade , alegria e honra!E um banquete!!!
bj

angela disse...

o pão ficou otimo, nunca fiz, adorei ler seu post! bjs