09/09/2009

HOSH HASHANA - E para nós, uma Torta Cítrica com Bananas

E ai meus amores, como passaram de feriado? O meu foi bem legal, em casa all day, o marido agora alisa mais o carro do que a esposa (mimata) e se bobear de noite vai cheirar o cangote dele não o meu..hehehe, brincadeira!! Gente, que chuva é essa? Acordei assustada no primeiro dia e a coisa progride. Chuva, uma dádiva de Deus de um lado, e tragédia de outro. Fico pensando nessa gente que mora nos barrancos, esses deslisamentos, pessoas morrendo. Meu marido critica porque eles constroem em lugares perigosos mesmo sabendo dos riscos, mas paro pra pensar, onde vão morar, na rua? Eles constroem onde podem, ou melhor, não podem mas é oque tem. Penso na minha casa bem construída, quentinha, sem goteira e nos meus filhos protegidos. Que Deus olhe por eles!!
Estamos quase entrando no Hosh Hashana, o ano novo judáico. Já falei AQUI sobre o judaísmo, mas nesse post, em homenagem a esse povo que faz parte da nossa história, vou falar tudo sobre o Hosh Hashana. Acho legal também pra quem não é judeo aprender sobre essa data tão importante pra eles. É um texto longo mas muito informativo e explicativo.



O Rosh Hashaná é um dos mais importantes feriados da religião judaica. Talvez você conheça um pouco sobre essa data e saiba que ela tem algo a ver com maçãs e mel e que é um "Grande Feriado" judaico.
Mas caso não saiba nada sobre o assunto, neste artigo você aprenderá sobre o Rosh Hashaná - a origem do feriado, como ele é celebrado, e do que se trata o "Grande Feriado".
O shofar, instrumento de sopro feito de chifre de carneiro, é o maior símbolo do Rosh Hashaná
Começaremos com a pergunta mais básica: o que se comemora no Rosh Hashaná?
Entre muitas coisas o Rosh Hashaná simboliza, para a maioria das pessoas, o Ano Novo judaico. Na verdade, o significado de Rosh Hashaná concentra quatro grandes temas que se interligam. São eles:

-o Ano Novo judaico
-o dia do julgamento
-o dia da lembrança
-o dia do toque do shofar




O Shofar, instrumento de sopro feito de chifre de carneiro, é o princiapl símbolo do Hosh Hashana


O Rosh Hashaná é um dos dois Grandes Feriados da religião judaica; o outro é o Yom Kipur, que acontece 10 dias após o início do Rosh Hashaná. Estes dois feriados formam o período dos Grandes Feriados e, sem sombra de dúvida, é a época mais significativa do ano judaico, onde é dada aos homens a chance de arrepender-se de seus pecados e pedir perdão a Deus. Durante os Grandes Feriados, os judeus purificam as suas almas e têm a chance de recomeçar com a consciência limpa e com a intenção de serem melhores no ano que se inicia.
De acordo com o Talmud (site em inglês), Deus criou a humanidade no primeiro dia do mês Tishrei. Sendo assim, o Rosh Hashaná comemora a criação da raça humana. É um tempo de limpeza e renovação, uma chance de receber perdão e de recomeçar sem pecados. A importância do feriado reflete-se em seus dois dias de observância; a maioria dos feriados judeus é celebrada durante um dia apenas.

A tradução literal de Rosh Hashaná é "cabeça do ano", e é considerado o ano novo judaico. Mas o feriado não cai no primeiro dia do primeiro mês do calendário judaico. O Rosh Hashaná começa no primeiro dia do sétimo mês, Tishrei, e por isso é como um Ano Novo simbólico (pelo menos em termos do que a maioria das pessoas considera como "Ano Novo"). Na realidade, ele é uma das muitas observâncias que ocorrem durante todo o ano, e este ano novo em particular, sinaliza a oportunidade de deixar os pecados do ano anterior para trás e seguir em frente após receber o perdão de Deus.

Desta maneira, o Rosh Hashaná é o dia do julgamento. Um dos temas mais proeminentes do feriado gira em torno do simbólico "Livro da Vida". A vida de um judeu depende de se ele toma ou não a decisão de fazer correções durante o período do Grande Feriado através do arrependimento (teshuvah), da oração (tfiloh), e da caridade (tzedakah). Este é um momento chave, um tempo para reflexão sobre os erros cometidos, e de decidir perante Deus não repeti-los no próximo ano. Também é uma celebração ao livre arbítrio do homem - tomando a decisão consciente de olhar para dentro de si mesmo, verdadeiramente, ver a sua própria vida e fazer as correções necessárias. Ao exercitar esta escolha que lhe foi dada por Deus, o homem se faz merecedor da misericórdia Divina.
Geralmente, durante o Rosh Hashaná, os judeus dizem uns aos outros "que você seja inscrito e selado no Livro da Vida". O período do grande feriado é a escolha entre vida e morte, virtude e pecado e aqueles que se arrependem estão no caminho certo para serem inscritos no "Livro da Vida", que traz consigo a promessa de um ano bom. A crença é que, durante o Rosh Hashaná, os nomes são escritos no livro e, no Yom Kipur (10 dias depois), o livro é selado. Estes 10 dias são conhecidos como os dias de temor.

O calendário judaico

O calendário utilizado em quase todo o mundo é o calendário gregoriano, introduzido em 1582 pelo Papa Gregório XIII. O calendário judaico, que é o calendário oficial em Israel e o calendário religioso para os judeus em todo o mundo, foi instituido por Hillel II por volta do ano de 359. Enquanto o calendário gregoriano baseia-se no sol, o calendário judaico é baseado tanto no sol quanto na lua.

O primeiro judeu que chegou ao Brasil

O primeiro judeu que chegou ao Brasil foi o tradutor, Gaspar da Gama, que fazia parte da comitiva de Cabral. Em 1502, empreendedores judeus, tendo à frente o cristão-novo (judeu convertido ao cristianismo) Fernando de Noronha, arrendou da Coroa Portuguesa as terras recém-descobertas. Esse contrato, previa a exploração comercial do território brasileiro, além da construção de fortalezas para defendê-lo.

Assim como o dia da lembrança, o Rosh Hashaná relembra o quase sacrifício de Isaac, que as tradições judaicas afirmam ter acontecido no primeiro dia do mês Tishrei. Segundo a Bíblia, Deus ordenou a Abraão, pai de Isaac, a sacrificar seu único filho como oferenda. Abraão então constrói um altar e se prepara para sacrificar o seu filho para provar sua obediência e fé em Deus. No último momento, um anjo portador da vontade de Deus impediu Abraão de matar Isaac, e apontou para um carneiro preso pelos chifres em um arbusto próximo. O anjo disse a Abraão para sacrificar o carneiro no lugar de Isaac.
Como resultado, Deus abençoou Abraão. Esta história é recordada durante o Rosh Hashaná para lembrar aos judeus que a submissão diante de Deus é o caminho para alcançar a Sua piedade, e que os verdadeiramente virtuosos não questionam a vontade Dele. Eles agem como Deus manda e são recompensados por sua fé.
O último dos principais símbolos do Rosh Hashaná é o shofar, que é um instrumento de sopro feito de chifre de carneiro. O dia do toque do shofar tem várias implicações, mas existem pelo menos três significados amplamente reconhecidos. Um é relembrar a história de Isaac - Deus poupando sua vida como recompensa à fé de Abraão, o outro, para recordar o carneiro que foi sacrificado no lugar de Isaac.
Além de rememorar a história de Isaac, o shofar também traz à mente uma coroação. Pelo fato de o Rosh Hashaná ser uma celebração da criação dos seres humanos, ele também é a celebração do reinado de Deus sobre os homens. O toque do shofar anuncia e reafirma Deus como governante de toda a humanidade. O som como de uma trombeta do shofar também serve para agitar a alma de todos os judeus, para acordar o povo judaico para a onipotência e onipresença de Deus, para a chance de receber Sua piedade através da oração e do arrependimento.


Os judeus que vieram para o Brasil

Os judeus que imigraram para o Brasil têm duas origens:

1) vieram da Europa Oriental, de países como a Polônia e a Rússia, são chamados de judeus asquenazis; falavam a língua ídiche; uma parte vivia em pequenas aldeias, chamada de "shtetlach";
2) vieram de paises como Egito, Síria e Líbano e, também, Turquia; são chamados de sefaradis; esse grupo era formado pelos judeus que já viviam nos países do Oriente há muitos séculos e também pelos judeus oriundos da Espanha e de Portugal que, no final do século 15, encontraram acolhidas nos países e regiões de maioria islâmica do Império Otomano.

Como é celebrado o Rosh Hashaná

O Rosh Hashaná é celebrado de diferentes maneiras e modos por diferentes tipos de judeus (veja "Divisões do Judaísmo" abaixo). Entretanto, existem certos métodos e tradições que são básicos na observância do Rosh Hashaná, e assim fazem parte de quase toda a celebração do feriado.
Na SinagogaQuanto aos aspectos mais formais do Rosh Hashaná, o que acontece na Sinagoga durante estes feriados é a partida dos serviços "padrão" de sexta-feira a noite e sábados pela manhã do Shabat semanal. Os serviços dos grandes feriados são mais longos do que os serviços do Shabat, que geralmente começam de manhã cedo e vão até o final da tarde. Os judeus também utilizam um livro especial de orações - chamado Machzor - durante os serviços de Rosh Hashaná (e do Yom Kipur). O Machzor contém as orações específicas para os grandes feriados e estabelece este tempo à parte, como sendo de especial importância.
Há um serviço especial de feriado que acontece nos dias ou semanas anteriores ao Rosh Hashaná, chamado Slichot, que significa perdão em hebraico. O Slichot consiste em uma série de orações de pedido de perdão a Deus. Isto significa a preparação do venerador para o Rosh Hashaná, para o arrependimento e um novo recomeço. Estas orações são recitadas especialmente na noite anterior ao Rosh Hashaná, começando normalmente à meia-noite.

Existem várias orações de grande importância para a observância do Rosh Hashaná:

Avinu Malkeinu
· "Nosso Pai, nosso Rei" - consiste em 44 admissões de culpa, pedindo perdão a Deus por cada pecado.

Unetane Tokef
· "No Rosh Hashaná o nosso destino é escrito; ao final do Yom Kipur ele é selado. Quem deve viver e quem deve morrer? Quem deve morrer pelo fogo e quem deve morrer pela água?"

Musef Amidah
· As orações que acompanham o toque do shofar.
· As três bençãos: reconhecer o poder de Deus sobre toda a criação, relembrar a história judaica e relacionar o toque do shofar aos eventos do passado e ao futuro do judaísmo.

O shofar é tocado enquanto são feitas as orações. Existem maneiras específicas de tocar o shofar, com a intenção de acordar os judeus para o julgamento de Deus e afirmar Sua posição como juiz e rei

As leituras do Torá para o Rosh Hashaná são relativas tanto ao nascimento de Isaac - filho de Abraão e Sara, que acreditava-se fosse estéril até que um dia, com a idade de 100 anos, Deus a abençoou com um filho - quanto ao quase sacrifício de Isaac, quando Deus poupou a sua vida porque Abrãao provou sua fé absoluta em Sua palavra.

Em outra prática Rosh Hashaná conhecida como Tashlich, os judeus fazem orações especiais enquanto atiram migalhas de pão (ou algo parecido) em um rio ou fonte de água. As migalhas de pão simbolizam os pecados da pessoa, que são então levados embora.
As práticas de acender velas e do ditado kidush - uma benção sobre o vinho - são procedimentos sagrados no judaísmo por fazerem a introdução ao Shabat ou a quaisquer outros dias santos. Para o Rosh Hashaná, as velas (geralmente duas) são acesas com orações especiais ou cânticos. O Chalá é um pão especial que também acompanha a celebração do Shabat e, no Rosh Hashaná, ao invés de trançado, ele é redondo simbolizando o círculo infinito da vida e a coroa do reinado de Deus sobre os homens. Algumas pessoas pincelam o chalá com mel ao invés de sal enquanto ele está assando; isto significa o desejo Rosh Hashaná por um "ano novo doce", e também costuma-se mergulhar maçãs no mel. De fato, durante o Rosh Hashaná come-se todo tipo de comidas doces.

No Rosh Hashaná, para expressar a importância da ocasião, é costume arrumar a mesa de jantar com linho e louça finos e usar roupas novas e especiais. Na tradição sefardita, muitas pessoas colocam cestos de frutas cobertos sobre a mesa - colocados de maneira que ninguém saiba exatamente que frutas estão lá dentro - da mesma maneira que nós não sabemos o que o ano novo nos reserva.



As saudações do Rosh Hashaná:

· Shana tova - "Um bom ano".
· L'shaná tova tikatevu - "Possam vocês serem inscritos para um bom ano".
. L'shaná tova tikatevu v'tehateimu - "Possam vocês serem inscritos e selados para um bom ano".
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Que bacana todas essas tradições. Fico fascinada com tamanha diversidade que temos nesse imenso mundo. Quanta coisa a conhecer. Agora falando de guloseimas. Hoje queria fazer um docinho pra janta e não sabia oque. Rodei, rodei e fui pra cozinha criar. Saiu uma bela tortinha, meio torta meio cuca. Uma torta enfarofada!!Ficou deliciosa. Recomendo!

Torta-Cuca de Banana e Limão

Ingredientes

Base: 100g de bolacha maizena branca, 100g de bolacha maizena de chocolate, 100g de manteiga sem sal.

Faz Assim: Processe as bolachas. Junte a manteiga e misture com os dedos até unir bem. Reserve.

Creme: 1 lata de leite condensado, 2 gemas peneiradas, suco de 1 limão.

Faz Assim: Misture tudo numa tigelinha e reserve.

Farofa: 80g de farinha de trigo, 30g de farinha de rosca, 2 colheres de chocolate em pó, gotas de essência de baunilha, 1/2 xícara de açúcar, 90g de manteiga.

Faz Assim: Misture tudo e amasse bem com a ponta dos dedos até formas a farofinha.

Montagem: Forre uma assadeira pequena com fundo removível com a massa. As laterais ficam baixinhas. Coloque o creme. Corte bananas suficiente para cobrir toda a superfície da torta. Corte-as ao meio, e cada metade ao meio de novo no sentido do comprimento. Coloque sobre o creme. Por último coloque a farofa. Leve assar em forno pré-aquecido a 180°C por 40 minutos. Retire do forno, deixe amornar e retire a lateral da forma. Coloque num prato e leve gelar por no mínimo 3 horas. Sirva só ou com sorvete.





Ah, e aqui as minhas toalinhas prometidas....Até que tá meiguinho vai....

11 comentários:

Bárbara disse...

Caroll
q tortinha boa heim !!!
Hum vou comprar a bolacha de maisena..q não tenho..
e a forma...de aro removível..rss
entao torce ai..por amanhã...
logo to loira de vez...

bjuss

Marly disse...

Carol,
Eu também admiro o povo judeu e suas tradições. A lembrança do Hosh Hashana me recordou uns vizinhos judeus que, entre outros pratos, serviam um bolinho de peixe - gelfit fish -nessa festa.
Sua tortinha ficou com muito bom aspecto!

Tânia disse...

Esta torta deve ter um sabor divino...eu adorei!
Beijos

Lourdes Sabioni disse...

Misericórdia...toalhinha de porco para o filho? Só você mesmo, né?
Bjs

Rachel disse...

Carol, que bom poder ler um post tão completo sobre o povo judeu, ficou muito bom, bem esclarecedor. A torta então dá água na boca. Valeu pela visita ok? Bjuss!!!

Paula Pacheco disse...

Carol, ficaraml lindos seus trabalhos manuais, prendadíssima viu parabens, e que bela historia/informação dos judeus...muito bacana e receita nota dez, que delicia...bjão
Paula

inspirações da Jô disse...

Olha que essa torta me parece imperdível!!!!Vou testar pois fiquei com vontade, ó!!!!!!
E as toalhinhas ficaram uma gracinha!!!!!Não sabia que além expert na cozinha é também arteirinha!!!!!!
Beijos e um excelente fim de semana!!!!!

Pitadasdilu disse...

Muito legal todas essas informações, também fico encantada com a tamanha diversidade desse mundão. Essa torta tá uma belezura, amei, gosto demais de preparações com banana.
Bjos, Lú.

Nana disse...

Carol a torta está maravilhosa e agora está arteira?!
Bjss

Helena disse...

Olá Carol
Esse doce parec muito bom mesmo!
Adorei saber os significados dos feriado judaicos.
Bom domingo!

Feito a Mão disse...

Carol, vim retribuir sua visitinha e já me encantei com seu cantinho... vou listá-lo no meu blogroll. Amo cozinha, não sou nenhuma chef... apenas vou á cozinha quando me dá vontade, sabe? Nada por obrigação...

Ah, menina, olha que interessante... ontem mesmo eu passeava pelo Coisas de Meninas quando li seu comentário e visualizei o seu perfil... então quando vejo, vc comentou no meu cantinho ontem mesmo... que blogosfera pequena?!?!

Um cheiro.