03/02/2010

CORA CORALINA COMENDO UM BAUERNFRÜHSTÜCK

Oi amores. Ai, to mal! Falou em médico, remédio, doença, eu faço dengo, sou chorona mesmo, assumida. Hoje fiz uma cauterização, minúscula, mas me deu uma cólica horrorosa, sai da médica me contorcendo. E pra piorar tive que ir ao Bradesco pagar uma conta depois, aquela fila caótica, e eu lá me contorcendo toda!! Chama o síndico!

Hoje tive minha aula de modelagem e fiz o molde de um camisão que vou fazer pra mim. Até agora estávamos nos testes, na peça piloto, agora a coisa ficou séria. To tão empolgada, não vejo a hora de usar algo que fiz. Agora, olha só as mierdas que fazemos no começo...Olha isso...


Onde está Wolly? Ops, onde está o erro?

kkkkk, olha como alinhavei a manga...Minha mãe disse que é blusa pra pegar ônibus..Tinha que ser a Carol né. A profis deu muita risada. Mas depois do tilt ela saiu, até que ficou graciosa!



Pois então, hoje vou colocar aqui uma matéria singela mas bem informativa sobre Cora Coralina. Quando conheci sua história, fiquei encantada e eu me fascino com pessoas como ela, acho que ser um ser humano que faz a diferença no mundo é tudo, me orgulho desses brasileiros. Hoje também tem receitinha da matéria, mas depois tem uma minha também!!


GOSTO DE INTERIOR

No coração do Brasil central, há um cantinho com alma feminina. A Cidade de Goiás, antiga Goiás Velho, é um lugar de atmosfera encantadora, onde pouco a pouco se descobre, entre casarões e ruazinhas de pedras, mulheres guerreiras com mãos mágicas e receitas apetitosas. A sua mais famosa representante é Cora Coralina , escritora que sempre fez questão de ressaltar as belezas e os sabores de sua terra através da literatura. “Prato de bom bocados e de mães-bentas. De fios de ovos. De receita dobrada de grandes pudins, recendendo a cravo, nadando em calda...”, é um dos versos que comprova a sua veia culinária. Faz parte do poema “o prato azul-pombinho”.

Mas Cora não vivia só de poesia. Ela era uma das doceiras de mão cheia da cidade, que ao lado das irmãs Martins, da Dona Maria Augusta e de Ritinha do Bráulio, se transformaram em ícones do interior de Goiás. São exemplos para as quituteiras de hoje, que sustentam famílias e ainda contribuem com a economia do município, que já foi capital do Estado e depois ficou conhecida como Goiás Velho. Em 2001, foi tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade e passou a ser um destino turístico importante para quem gosta de história e artes em geral. No calendário oficial, um dos eventos mais importantes é o Festival de Gastronomia e Cultura da Cidade de Goiás, cuja terceira edição aconteceu em outubro passado e trouxe o tema "Onde a história tem sabor".

E não por acaso é uma chef mulher a responsável pelo nascimento deste festival. Mara Salles, do restaurante paulistano Tordesilhas, descobriu a riqueza gastronômica da Cidade de Goiás numa de suas incansáveis pesquisas sobre as riquezas do Brasil. “Numa dessas paragens, senti um grande potencial dessa cozinha”, conta a chef. Logo em seguida nasceu a idéia do festival que, ao contrário dos demais, busca valorizar os profissionais da cidade. Cerca de dois meses antes do evento, chefs renomados ministram cursos e workshops, que contribuem para a valorização da cozinha goiana. Na semana do evento, os restaurantes apresentam menus mais elaborados, que comprovam a importância deste treinamento para o desenvolvimento da cultura gastronômica. “Nós damos as ferramentas, mas quem tem de aparecer são os chefs locais”, afirma Mara


Tentações de portas abertas

Ao conhecer melhor a cidade, Mara se surpreendeu mais ainda com a riqueza cultural do interior de Goiás e com hábitos que julgava perdidos no tempo. É comum as doceiras, por exemplo, sempre deixar a porta aberta de suas casas. Assim o visitante pode entrar e se deparar com aquela mesa de tentações que parece não ter fim. Começa pelos doces de frutas cristalizadas e em compota: o mais procurado é o de limão com recheio de doce de leite. Também são bem típicos o pastelinho, que é um tipo de tortinha com recheio de doce de leite; o bolinho de arroz, preparado com coalhada, açúcar, queijo ralado e fubá de arroz; e a flor de coco, que são fitas coloridas e delicadas feitas de coco, muito usadas na decoração de mesas festivas. E não há como negar a influência da doçaria portuguesa, herança da época da mineração.


O melhor exemplo são os alfenins, confeitos de açúcar e polvilho, em formas delicadas, feitos a partir de uma técnica extremamente artesanal, hoje quase extinta.
No Mercado Municipal, os sabores do Centro-Oeste também brilham, junto com a bela arquitetura deste prédio erguido em 1926. Lá é possível saborear pequi, cajuzinho do serrado, jenipapo, mutamba, curriola, mangaba, cagaita e guariroba. Entre as delícias de milho, a pamonha assada é a campeã. Para quem prefere pastel, boas pedidas são os de pequi ou guariroba. Nos restaurantes, brilham as ricas receitas como a galinhada, o peixe na telha, o frango com pequi e o empadão goiano, um dos pratos mais característicos do Estado. Ele é feito com uma massa que envolve várias camadas de recheio com carne de porco, lingüiça, frango, ovos, queijo, azeitona, tomates e, claro, os segredinhos de cada família.



Este circuito se encerra na Praça do Coreto, onde as pessoas se encontram no final do dia. Lá, entre uma prosa e outra, tentam amenizar o calor implacável com o famoso picolé de frutas do coreto. Uma cena que certamente inspiraria mais um verso de Cora Coralina.
(*) Saiba mais sobre a Cidade de Goiás pelo site http://www.goiasbrasil.tur.br/


DELÍCIAS DE UM GOIÁS GLORIOSO.....


PASTELINHO DE D. MARIA AUGUSTA

20 unidades pequenas

16 colheres (sopa) de farinha de trigo
5 colheres (sopa) de banha de porco
1 colher (chá) de fermento em pó
2 ovos

1 Deite os ingredientes secos em uma bacia. Misture-os e faça um vácuo no centro. 2 Acrescente os ovos, a banha, amasse bem e deixe descansar por meia hora. 3 Abra a massa em forminhas de empada, trabalhando as bordas e leve ao forno para pré assar. 4 Retire do forno, recheie com doce de leite e retorne ao forno. 5 Quando o doce estiver fervendo, retire do forno e salpique canela moída. 6 Desenforme, espere esfriar e sirva.
Receita cedida por sua irmã Augusta Soares

BOLO DE ARROZ DE D. RITINHA DO BRÁULIO
20 unidades pequenas

½ quilo de fubá de arroz
3 copos (americano) de açúcar
3 copos (americano) de coalhada
3 copos (americano) de queijo ralado
½ copo (americano) de óleo
2 colheres (sopa) de fermento em pó
4 ovos
Erva doce a gosto

1 Em uma bacia, junte todos os ingredientes e bata bem. 2 Deixe a massa descansar de um dia para o outro. 3 Asse em forminhas untadas.

Receita cedida por seu neto Aloísio Godinho

EMPADÃO GOIANO
12 porções

Massa
1 kg de farinha de trigo
6 colheres (sopa) de margarina
6 colheres (sopa) de óleo
2 ovos
2 a 3 colheres de nata (opcional)
1 pitada de sal
1 pitada de açúcar
Água o quanto baste para dar ponto de abrir a massa


Molho
1 lata de extrato de tomate
2 tomates picados
Caldo de galinha, alho, cebola picada, pimenta-do-reino, pimenta de cheiro, sal e água a gosto
1 pitada de açúcar
Farinha de trigo o quanto baste (para engrossar o caldo)

Recheio
300 g de lombo ou pernil de porco
2 lingüiças cozidas cortadas em pedaços
150 g de guariroba
150 g de queijo meia-cura
300 g de frango cozido e desfiado
Ovo cozido a gosto
50 g de azeitona
1 gema
Leite (suficiente para pincelar a massa)
1 pitada de sal

Massa
1 Deixe a massa descansar em uma bacia por cerca de 2 horas. 2 Unte e forre as forminhas. Em seguida abra a massa no cilindro e reserve para cobrir as forminhas.

Molho
1 Junte o molho de tomate, os tomates frescos picados, caldo de galinha, alho, cebola picada e uma pitada de açúcar para tirar a acidez. Misture bem. 2 Em seguida, adicione a pimenta do reino, pimenta do cheiro, água e verifique o tempero e acerte o sal. 3 Pouco a pouco, vá colocando, farinha de trigo, o suficiente para engrossar o caldo.

Recheio
1 O recheio é colocado na massa em sete camadas, nesta ordem: carne de porco, lingüiça, guariroba aferventada, queijo meia-cura, frango desfiado, ovo cozido e azeitona. 2 Em seguida, regue com o molho. 3 Cubra as forminhas com o restante da massa. 4 Bata a gema, misture o leite e o sal e pincele a massa, pouco antes de levar ao forno para assar. Sirva quente.

Receita do restaurante Dali Sabor e Arte, tel. (62) 3372-1640

SERVIÇO

Casa do Doce
Praça do Largo do Rosário, tel. (62) 3371-1824

Bar da Patricinha
Av. Deusdete Ferreira de Moura, s/nº

Pamonharia Central
Av. Dário de Paiva Sampaio, s/nº

Pastelaria do Emival
Mercado Municipal, Centro

Pastelinho da Rita
Avenida Dário de Paiva Sampaio, s/nº

Alfenins Casa da Dona Silvia
Praça Brasil Caiado, 38, tel. (62) 3371-1312

Casa de Cora Coralina
Rua Dom Cândido Penso, 20, tel. (62) 3371-1990


RECEITINHA DA DONA DA CASA

Carol pelas suas andaças internéticas, acha cada coisa com nomes esrambólicos, mais que são fáceis de fazer. Esta receita se chama Bauernfrühstück e é tipo uma fritada alemã. Ficou deliciosa!

BAUERNFRÜHSTÜCK

Ingredientes: 100gr de bacon em cubinhos, 250g de linguiça defumada em rodelas finas, 1 cebola em cubinhos, 500g de batatas cozidas em rodelas de 0,5cm, 4 ovos ligeiramente batidos, sal.

Faz Assim: Frite os cubinhos de bacon em sua própria gordura em uma frigideira grande, junte a linguiça e deixe que murche e de uma douradinha. Adicione a cebola e deixe murchar. Acrescente a batata e deixe que dourem bem. Ajuste o sal (eu coloquei um pouco de pimenta do reino) junte os ovos e mexa com delicadesa, deixe no fogo até que os ovos estejam cozidos porém ainda úmidos. Sirva. Na receita não vai, mas eu salpiquei uma salsinha mal rasgada por cima dele pronto. Deu um tcham.



10 comentários:

Paula Pacheco disse...

Carolzinha, que post mais suculento, adorei o pastelão Goiano, a fritada de batata, menina ta ficando mesmo prendada, a camisa vai ficar um sucesso.
Ah, e que post sobre brigadeiros, de dar água na boca, outro dia venho com mais tempo para ler todo ele,
bjão
Paula

Pitadasdilu disse...

Ai Carol, vc já me fazendo rir pela manhã, que bom! Essa camisa pra pegar ônibus foi muito boa... acho que vc puxou tua Mãe (a veiazinha cômica é hereditária)... ficou muito fofa, amei. Cada vez que vejo teus comentários sobre o curso me dá uma vontade de fazer também.
Ótima postagem sobre Goiás, cada delícia.
Essa fritada de batata tá 10!
Bjos, Lú.

Fla disse...

Carol... muito legal a história da Cora Coralina.
E essa quantidade de coisas boas? Menina do céu, que fome!
E óh, meu sonho é aprender a costurar, pena que nunca achei um lugar pra aprender.
Beijossss

angela disse...

adorei ler esta postagem. muito fofa! beijos

cucchiaiopieno.com.br disse...

Oi querida
Espero que esteja melhor!
Amo Cora Coralina, tenho varios livros dela, suas receitas sao famosas, os doces e o empadao da Cidade de Goias também!
Adorei a deliciosa receita.
Um abraço
Léia

Helena disse...

As tuas receitas são optimas.
Achei curioso o empadão goiano que já fiz e passou a ser receita habitual,ADOREI!
Beijo

inspirações da Jô disse...

Você está chegando lá...
De chef de cozinha à estilista de alta costura!!!!!!!
Moça chiquérrima você!!!!!!Rsrsrs...
Amei ler a história da Cora que amo de paixão, e ler seu lado gastronômico também foi muito interessante!!!!
E as comidas deliciosas como sempre!!!
Beijos!!!!!!!! E um ótimo domingo!!!!!

Nani disse...

Que monte de delicias é essa??? Ai eu quero um cadim de cada um, rs
Beijos

Tretswelt disse...

Guten Tag Carol...quase morri de rir com meu marido quando vi o nome Bauernfrüstuck(significa cafe da manha caipira),e tradicao na nossa regiao...mas s come no almoco,jantar ou no Brunch.Aqui a gente mexe tudo p ficar douradinho e se faz com banha de porco p dar o gostinho.Gostei de ver...Vou comecar a fazer suas receitas e passar adiante viu?Minha amiga Silena e casada de novo e ta aprendendo a cozinhar,vou mostrar p ela...Aqui e Valentinstag-dia dos namorados hoje ,mas meu bem ta de greve porque nao quer comemorar festa de americano...rzrzr ce sabe alemao e teimoso...Beijos.

Cristina disse...

Oi
Recebi sua visita e estou retribuindo. Gostei do blog.
Sou descendente de hungaros. Essa turminha adora uma batata. Fui criada comendo batata, vim conhecer o arroz só com 12 anos. Pode?
Pergunta se gostei desta receita? Adorei
Abraços